*Flavio Yamil Gomez
Ao longo de minhas andanças como diretor da Meta Virtual, fazendo apresentações das nossas soluções, conversando com clientes – geralmente diretores – de empresas de Agenciamento de Cargas, ouço frequentemente as pessoas se referirem aos clientes como “meus clientes”. Pensando bem, é bem comum. Todos nós pensamos que os clientes são nossos, como se fossem uma propriedade. Como se eu os tivesse comprado e agora passaram a ser meus. Meus clientes.
Será?
Se analisarmos um pouco veremos que os clientes não são nossos. Os clientes são – ou pertencem – ao mercado. Eventualmente sim, o cliente está fazendo negócios com você. Ainda que de maneira continuada há algum tempo. Mas não se iluda.
Clientes aparentam ser seus porque sua empresa tem o foco neles. Você corre atrás deles. Quer chamar a atenção deles. Então quando você o “conquista” e consegue fechar algum negócio, tem a sensação de que agora ele é seu. Finalmente seu.
Clientes aparentam ser seus, fielmente seus, porque fazem negócios com você, talvez até frequentemente, e não se interessam por outro fornecedor. Você pode ser induzido a pensar assim, mas não é bem assim.
Vamos ser francos. O cliente faz negócios com você porque sua empresa lhe oferece algum diferencial que seu concorrente não tem, ou não lhe dá. Neste momento é mais vantajoso fazer negócio com você do que com seu concorrente. Só por isso. Pronto, falei.
De repente, aquele “seu cliente” fiel a tantos anos chega e lhe diz:
– Pois é, fulano, sabe como é. Somos amigos há tantos anos. Mas negócios são negócios, nossa amizade continua… blá, blá, blá, e o fim você já sabe.
A menos que você venda um serviço recorrente, com um contrato anual, nesses casos até podemos afirmar que o cliente é nosso durante a vigência do contrato. Caso contrário, não há garantia nenhuma que ele venha fazer mais negócios com você. No agenciamento de cargas é assim. Um negócio por vez.
Então, se os clientes são do mercado e estão disponíveis para todos temos um problema. Sim, porque “meus” clientes podem ser conquistados pelos meus concorrentes.
Por outro lado, se você é daqueles que enxerga o copo meio cheio, verá que existe um oceano inteiro de clientes “dos outros” pra conquistar. E são muitos mesmo! o desafio está em alcançá-los e conectá-los a sua empresa.
Felizmente é possível contar com a ajuda da tecnologia da informação pra isso, além é claro do marketing.
Uma boa estratégia de marketing vai divulgar sua marca e seu serviço de maneira assertiva e eficaz. Técnicas de outbound e inbound ajudam nesse sentido e funcionam muito bem.
Já a TI, além de dar suporte ao marketing, também vai fornecer ferramentas para atender a demanda, automatizar tarefas e oferecer experiências diferenciadas para os clientes.
Nessa linha surgiram os marketplaces. Plataformas digitais que conectam oferta e demanda utilizando softwares e APPs como meio.
Uber, iFood, Booking, Mercado Livre e outros, são exemplos de marketplaces. Conectam o serviço com seus consumidores, de maneira prática e fácil.
Claro que isso tudo gera novas discussões. Recentemente vimos o problema dos taxistas com a Uber. Ou também a discussão sobre o futuro das profissões. Enfim. Mas isso é um assunto complexo e pauta para outro artigo. O fato é que o mundo anda pra frente.
No mundo do Comex, os marketplaces já são uma realidade e algumas empresas de tecnologia já estão trabalhando forte, desenvolvendo mais soluções nesse campo para suprir a necessidade dos clientes e fornecedores, cada vez mais exigentes.
Pelo menos, aqui na Meta Virtual é assim. Em breve teremos uma novidade tecnológica que vai gerar oportunidades nesse sentido, gerando uma nova onda de oportunidades para os Agentes de Carga.
O lançamento está previsto para final de fevereiro de 2020.
Quem surfar essa onda terá vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes, sem contar nos benefícios para os importadores e exportadores.
Aguarde pelas novidades. Se quiser saber com antecedência, entre em contato conosco!
*Flavio Yamil Gomez
Diretor da Meta Virtual Web Softtwares
Cientista da Computação,
pós-graduado em Gestão Empresarial
e Estratégias de Informática pela UGM.
Também cursou o programa de
Mestrado na UFSC em
Engenharia e Gestão do Conhecimento.